Em 2025, a Vizzela completou seis anos. “É um marco. Muitas empresas no Brasil, infelizmente, acabam não passando dos cincos anos. Nós conseguimos sobreviver a esse período e estamos estruturando cada vez mais a marca”, afirma Aline Waiser, diretora de marketing e sócia-fundadora.

O ano também ficará marcado pelas primeiras experiências da Vizzela com pontos próprios de venda. A marca inaugurou seu primeiro quiosque pop-up no mês de setembro e, até o momento, outras duas unidades entraram em operação. “A Vizzela vem conquistando muito bem o público de maneira online. Também estamos em pontos físicos do varejo, mas são empresas de outras pessoas. Queríamos proporcionar outra experiência de marca para nosso consumidor, que tivesse ‘a carinha’ da Vizzela”, explica a empreendedora.

Ela diz que nos quiosques próprios, a Vizzela, além dos cosméticos, pode comercializar seus acessórios e itens de vestuário. “Sabemos que muitas pessoas dão produtos da Vizzela de presente. Então criamos a área de ‘gift shop’, onde é possível personalizar, com caixa, fita e cartão. Mas, acima de tudo, o quiosque é como um laboratório para nós. Frente ao consumidor, podemos sentir a reação do consumidor a testar um produto.

Ao contrário da maioria das empresas, a Vizzela optou por não abrir seus quiosques em grandes capitais. Com matriz em Mogi das Cruzes, a cerca de 60km de São Paulo, a marca instalou seus primeiros PDVs em shoppings das cidades de Guarulhos, Suzano e São José dos Campos.

Quiosque possibilita a conquista de novos consumidores

O intuito do quiosque é dar mais visibilidade para a marca, que é bem conhecida no mundo da maquiagem, por quem é ‘heavy user’ e segue influenciadoras de beleza. Estar no meio de um corredor de shopping, com grande fluxo de consumidores, é uma oportunidade. A pessoa passa por ali, conhece a marca e acabamos fidelizando o cliente, que depois pode adquirir os produtos no nosso site ou loja do varejo”, aponta Waiser.

Apesar de anunciados como pontos de vendas temporários, a diretora de marketing revela que não há prazo determinado para fechamento dos quiosques. “Ainda não temos nenhuma data e, na verdade, estamos programando a abertura de novas unidades em outras regiões. Queremos testar fora de São Paulo. Estamos mapeando Rio de Janeiro e o Nordeste, onde já temos uma distribuição muito boa.

A marca também planeja a abertura de sua primeira unidade em sua cidade natal, mas no formato tradicional de loja. “A ideia é testar diferentes modelos. Nenhum quiosque é igual ao outro. Queremos entender o que performa melhor, qual é a melhor experiência para o cliente, e então expandir.
Para a executiva, 2026 será um ano de expansão física da Vizzela, mas não apenas de pontos próprios. A marca, que está presente em cerca de 12 mil pontos do varejo em todos os estados brasileiros, quer mais. “Não vamos jamais deixar de investir em nossos parceiros lojistas, porque o varejo físico representa muito dentro da Vizzela, além do nosso e-commerce, que hoje representa 15% do faturamento. Nosso desafio é estar ao mesmo tempo em vários canais para conseguirmos ter cada vez mais contato com o consumidor e mais distribuição da marca.

Crescimento de 50% ano, muito acima da média do mercado

A empresa vem crescendo, em média, 50% ao ano, muito acima do mercado brasileiro de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, que deve seguir em alta de cerca 7% ao ano até 2027, segundo a ABIHPEC. O crescimento expressivo, vem de uma série de fatores, segundo Waiser.

Temos uma fábrica própria, o que é uma grande vantagem, já que conseguimos trazer muita inovação com rapidez para os nossos clientes. Estamos sempre com muitos produtos novos (um lançamento por mês, em média), o que sempre deixa a marca em evidência no meio digital. Não temos muita ruptura de produtos, então conseguimos fidelizar nosso cliente e o lojista vê isso com bons olhos. Nossa força de vendas é muito grande e temos uma política comercial bem sólida desde o começo. Além disso, destaco a identidade única da Vizzela, que já nasceu diferente, mais colorida e informal, provando que podemos ter produtos com alta performance e qualidade, mas de uma maneira mais divertida.

Para 2026, a meta de crescimento, segundo Waiser, é de 40%. “A cada ano fica um pouquinho mais difícil porque já atingimos um grande número de pontos de venda. Mas acredito que é bem possível. Vamos continuar evoluindo, não só em número de vendas, mas como empresa, como um todo.