Em 2017, a Beiersdorf, holding alemã do segmento de cuidados pessoais e detentora de marcas como Nivea e Eucerin, investiu R$ 300 milhões em sua fábrica de Itatiba, no interior de São Paulo, para implementar duas linhas para a produção de desodorantes aerossóis. Passados cerca de cinco anos, a companhia anunciou um aporte de mais R$ 50 milhões em uma nova ampliação da estrutura, agora para instalar uma linha de produção para os hidratantes faciais da Nivea.

Produção dos hidratantes faciais cresça 10%

A planta de Itatiba vem aumentando sua relevância estratégica para a Nivea, acompanhando o alto desempenho da marca no Brasil – o segundo mercado mais forte em vendas para a empresa em todo o mundo. Essa importância não é apenas na região da América Latina, mas mundialmente, sendo considerada cada vez mais como uma fábrica exportadora”, afirma Juliana Torres, diretora da fábrica da Beiersdorf no Brasil.

Apesar do sucesso de vendas no Brasil, os famosos “potinhos” da marca ainda não eram fabricados no país. “A categoria de face é uma das mais fortes em Nivea, pois é uma divisão em que somos referência. Nos próximos anos, queremos ampliar nossa fabricação local e a chegada desta nova linha de produção no Brasil reflete a atenção da marca em abraçar cada vez mais o mercado nacional e regional”, diz Torres.

Isso porque, com a nova ampliação na estrutura da Beiersdorf, a expectativa é que a produção dos hidratantes faciais Nivea cresça 10% até o final de 2022, atingindo a capacidade total, com cerca de 10 milhões de peças. O volume vai atender não apenas os consumidores brasileiros, mas de países como Argentina, Chile, Equador, Colômbia, Uruguai, Peru e Paraguai.

Para isso, o município de Itatiba, localizado na região metropolitana de Campinas, se mostra bastante estratégico. “Pensando em logística, a fábrica está perto do aeroporto de Viracopos e também do Rodoanel, que garante acesso a algumas das principais rodovias do país à capital paulista, com os aeroportos de Congonhas e de Guarulhos e ainda ao Porto de Santos. Dessa forma, temos facilidade para transportar nossos produtos, chegando rapidamente a outras regiões do Brasil e a países da região do Cone Sul”, aponta a executiva.

Certificação LEED Gold

Além de ressaltar que a fábrica conta com certificação LEED Gold, sistema internacional que reconhece edifícios sustentáveis, com uso racional e consciente de recursos naturais, Torres comenta ainda que o novo investimento na modernização da planta é uma forma de retribuição à cidade de Itatiba. “Essa comunidade sempre foi muito receptiva com a Beiersdorf. Quando pautamos essa expansão, também consideramos o aumento na oferta de empregos, o que movimenta o setor industrial na cidade. Hoje, contamos com aproximadamente 200 colaboradores e há expectativa de crescimento para o próximo ano”, ela revela.

Com a transferência da produção para o Brasil, os hidratantes faciais da Nivea terão mais oferta de compra e agilidade na chegada até os pontos de venda, além de um custo menor de fabricação na região. Questionada se os consumidores poderão sentir diferença no bolso na hora de adquirir os “potinhos”, a diretora da fábrica é categórica. “É o nosso objetivo! Com a possibilidade de nacionalizar os insumos e produzir localmente em uma linha de altíssima eficiência operacional, esperamos ter preços mais competitivos no mercado local, contribuindo com o crescimento da categoria de cuidados faciais”.