O ano de 2025 deve se tornar o segundo ou o terceiro mais quente já registrado, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O planeta está próximo de superar o limite de 1,5°C de aquecimento global médio estabelecido há dez anos no Acordo de Paris e o Brasil pode ser um dos países mais impactados pela elevação das temperaturas.
Durante a COP30, que acaba de ser realizada em Belém (PA), o físico Paulo Artaxo, um dos maiores especialistas em mudanças climáticas, alertou para risco do Brasil chegar a um aumento de 4°C a 4,5°C em relação ao período pré-industrial, isso em razão de se situar em uma região tropical continental.
O setor de cosméticos começa a apresentar soluções que respondem aos desafios dessa realidade. “A indústria não pode mais ignorar o fator térmico. No clima tropical brasileiro, o calor não é apenas uma sensação, mas um agressor da pele. Causado pela radiação térmica e o calor ambiente, o aquecimento da pele resulta em processos inflamatórios em nível celular que desregulam a produção de melanina, agravando o melasma, e que aceleram a perda de colágeno, o que leva a rugas e flacidez”, afirma Maurizio Pupo, CEO da Ada Tina.
Primeiro protetor solar com ação anticalor do Brasil
A marca acaba de lançar o Biosole Super Age FPS 90, anunciado como o primeiro protetor solar com ação anticalor do Brasil. “Este produto é uma resposta técnica e proativa da Ada Tina aos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Além de altíssima proteção contra as radiações UVA, UVB e UVA-Longo, investimos em uma tecnologia que cria um escudo ativo contra o calor, inibindo a cascata de danos induzidos pelas altas temperaturas”, explica o executivo.
No catálogo da ISDIN no Brasil há três anos, o fotoprotetor Extrem 90 é indicado para condições extremas de radiação solar. “Embora já fizesse parte do nosso portfólio antes das discussões atuais sobre mudanças climáticas ganharem força, sem dúvida esse protetor facial se torna ainda mais relevante diante desse cenário, respondendo de forma muito concreta à crescente necessidade de oferecer proteção confiável mesmo em situações de radiação mais intensa e ambientes cada vez mais desafiadores para a pele”, diz Marina Lima, head de marketing de ISDIN Brasil.
Para ela, o agravamento da crise climática deve impulsionar a busca por soluções mais completas e inteligentes. “Na nossa visão, o desenvolvimento de produtos já precisa considerar não apenas a eficácia, mas também como a pele é impactada pelo ambiente ao redor, considerando fatores como radiação, poluição, variações extremas de temperatura e até o estresse oxidativo aumentado. Acredito que veremos cada dia mais cosméticos formulados para responder a esse novo contexto ambiental.”
Ingrediente ativa receptores de sensação térmica e diminui a temperatura da pele
Além de produtos que protegem a pele dos efeitos nocivos do calor extremo, podemos também ter no mercado brasileiro cosméticos capazes de diminuir a temperatura da pele. É o que possibilita o Frescolat MGA, um agente refrescante derivado de mentol idêntico ao natural, líquido e incolor, que integra o catálogo da Symrise.
“Foram realizados novos testes com esse ativo, demonstrando que ele tem a capacidade de não somente produzir uma sensação de refrescância, mas também de ativar os receptores de sensação térmica presentes em nossa pele, diminuindo a sua temperatura, o que tem um excelente ‘fit’ com o tema de mudanças climáticas e aquecimento global”, diz Elaine Sant’Anna, diretora de marketing LATAM da divisão de ingredientes cosméticos da Symrise.
“Com o agravamento da crise climática, a indústria deve se adaptar rapidamente ao aumento da temperatura e da radiação. Acredito que veremos o desenvolvimento de soluções cada vez mais sofisticadas”, completa Pupo.


















