Fundada na Alemanha em 1880, a Wella Company passou por algumas reviravoltas em seu comando nos últimos anos. Controlada pela P&G na década de 2000, a empresa – dona de marcas como Wella Professionals, Clairol, OPI, além de Koleston e Soft Color no Brasil – passou a integrar o grupo Coty em 2016. No final de 2020, foi adquirida em participação acionária majoritária pela empresa de investimento Kohlberg Kravis and Roberts (KKR), voltando assim ao status operacional independente.

Wella sempre esteve junto de grandes conglomerados de marcas de higiene e bens de consumo, mas isso não fez de nós apenas mais uma ‘empresa de beleza’. Sempre fomos uma referência no mercado global de beleza e um dos mais importantes nomes dentro da categoria de cabelos”, afirma Nathalie de Gouveia, diretora geral da Wella Company Brasil – a primeira mulher a ocupar essa posição no país. “Nesta nova fase, incluímos nossos colaboradores e promovemos algumas atualizações em nossos times, trazendo ainda mais da inteligência de mercado para nosso ‘ano um’”, ela acrescenta.

Apesar do ‘ano um’ da operação independente ter coincidido com o primeiro ano da pandemia de Covid-19, quando quase toda a indústria de salões profissionais – base de clientes da empresa – ficou paralisada, a Wella comemorou bons resultados. “Tivemos um primeiro ano muito bem-sucedido, com um forte crescimento de receita em relação aos anos de 2020 e 2019 e nosso novo ano fiscal, iniciado em julho passado, começou bem”, revela Gouveia.

No Brasil, também houve aumento de receita. “Somos líderes em coloração profissional com a Wella Professionals, que também é uma marca de tratamento profissional que aumentou dois dígitos nos últimos anos, alcançando cada vez mais participação de mercado”, diz a executiva.

Segundo ela, a operação brasileira tem papel central na expectativa de faturamento global da empresa. “A Wella Brasil está entre os seis mercados mais estratégicos da companhia, apresentando também um dos crescimentos mais acelerados. A brasileira é apaixonada por cabelos, assim como nós. A nossa expectativa é crescer acima de dois dígitos no país nos próximos cinco anos”.

Para atingir esse patamar, a diretora cita os passos que serão dados pela companhia no Brasil: a abertura do primeiro centro de distribuição próprio, ainda sem local definido, e um forte investimento em educação e inovação dos produtos. “Temos uma estratégia geográfica bem definida no Brasil, para reforçar nossa presença onde ainda há espaço para crescer”, acrescenta.

Para esse ano, a grande aposta é a marca “eco ética” weDO/Professional, que acaba de ser lançada. “Idealizada para inspirar pessoas que buscam formas mais sustentáveis de cuidar dos cabelos com resultados profissionais, a weDO/Professional oferece uma linha de produtos veganos, cruelty free e com embalagens recicláveis, com fórmulas minimalistas. São 16 itens, incluindo quatro tipos híbridos para cabelo e corpo, com ingredientes entre 93 e 99,7% de origem natural”, explica Gouveia.

Atualmente, a Wella Company Brasil mantém um escritório e um estúdio em São Paulo, onde são ministrados cursos, treinamentos, encontros com profissionais de salões, entre outras atividades. “As fórmulas das marcas de varejo são desenvolvidas globalmente, mas fabricadas no Brasil. E 70% dos produtos profissionais, tanto coloração quanto tratamento, já são fabricados no Brasil. Queremos investir ainda mais neste processo”, ela revela.