A rosácea é uma doença vascular inflamatória crônica, que ainda não tem origem conhecida. De acordo com Franklin Veríssimo, médico especializado em cosmiatria, existe uma predisposição individual, que pode ser genética: ela é mais recorrente em pessoas brancas e descendentes de europeus e em 30% dos casos há uma história familiar positiva.
“A rosácea é uma condição de pele comum, cujos sintomas envolvem áreas de vermelhidão, devido ao excesso de vasinhos, e lesões inflamadas, afetando especialmente as áreas das bochechas, nariz, testa e queixo. A pele fica muito sensível, geralmente mais seca. Não há cura para a rosácea, mas há tratamento e controle”, explica Veríssimo.
Estimativa é de que a rosácea atinja de 5 a 10% da população
A indústria de cosméticos vem investindo em soluções que contribuem para os cuidados da pele de pessoas com rosácea. “Estima-se que ela afete de 5 a 10% da população mundial e no Brasil não é diferente. A doença tem um grande impacto negativo na vida social e profissional das pessoas acometidas. Nosso propósito é tocar na condição dermatológica e apresentar a solução que vai atuar em seus vários aspectos”, afirma Daniele Balbi, diretora científica da Noviole.
A empresa de dermocosméticos lançou recentemente o Sérum Sensi® Booster Calmante, produto formulado com fitoativos terapêuticos, com destaque para a pimenta rosa, que apresenta propriedades antineuroinflamatórias, neurocalmantes, antioxidantes e cicatrizantes.
“Como a sensibilidade da pele é uma das principais características da rosácea, a intolerância aos produtos convencionais é muito comum por conta dos seus componentes. O objetivo do produto é hidratar, preservar a microbiota e o pH da pele para fortalecer a barreira cutânea, mantendo a rosácea controlada e a pele mais tolerante”, diz Balbi. Ela conta que apesar do produto combater os sintomas em episódio de crise, seu uso deve ser diário. “Quem tem rosácea não pode se descuidar: basta um gatilho e ela reativa”.
Produtos devem ter uso diário e contínuo
Nathalia Harnam, head de comunicação científica da La Roche-Posay, reforça. “O cuidado com a pele deve ser contínuo para evitar o desencadeamento de crises. Além de evitar os gatilhos, como exposição ao sol ou a temperaturas muito frias, não consumir álcool e alimentos apimentados, é importante usar diariamente filtro solar e produtos que contenham ativos hidratantes e calmantes”.
No portfólio da marca francesa estão produtos que podem ser auxiliares no tratamento da rosácea, como o Cicaplast B5 Serum, que acalma e repara a pele, e o Toleriane Sensitive, hidratante específico para peles sensíveis e sensibilizadas.
Outra marca que traz produtos com essa finalidade é a Creamy. “O Calming Cream tem textura gel-creme de rápida absorção, sendo indicado para todos os tipos de pele, sensíveis ou sensibilizadas pelos mais diversos motivos, oferecendo alívio rápido nas crises de rosácea. Já o Intensive Repair Cream é mais indicado na prevenção de crises de vermelhidão. Seu uso prolongado, ajuda no controle das crises e, usando de maneira contínua, consegue prevenir novas crises, espaçar o intervalo entre elas ou mesmo diminuir a gravidade delas”, afirma o CPO Luiz Romancini.
Ele faz uma ressalva. “Os produtos cosméticos são capazes de oferecer alívio sintomático significativo, mas não podem ser considerados tratamentos para a rosácea, por isso encorajamos sempre o acompanhamento com médicos especialistas”. A baixa procura por dermatologistas também leva a um outro problema, a falta de diagnóstico preciso e a subnotificação da doença.
“Os dados epidemiológicos de incidência da rosácea no Brasil não são muito bem definidos. Acredita-se que acometa cerca de 2 milhões de pessoas. Muitos pacientes com peles sensíveis, podem, na verdade, ter um espectro mais leve de rosácea ou mesmo apresentar a doença em uma fase inicial. Assim, a rosácea é uma condição subdiagnosticada, sim”, afirma Balbi.