Em seu último relatório State of Beauty 2025 [1], a NielsenIQ descreve um mercado global de beleza próspero, mas que também está passando por uma rápida transformação.
Ásia-Pacífico impulsiona o crescimento global
Com as vendas globais de produtos de beleza crescendo 10% em relação ao ano anterior, a resiliência da beleza é inegável. Apesar das pressões econômicas, os consumidores estão fazendo mais compras (+2%), gastando mais por visita (+8%) e comprando mais unidades (+2,6%) — sinalizando o papel da beleza como um item essencial do dia a dia.
A região Ásia-Pacífico (+14,3%) lidera o crescimento global, impulsionada pelo crescente mercado chinês de cuidados com a pele e cabelos e pela ascensão meteórica da Douyin (TikTok Shop), que cresceu 49%.
A América do Norte (+9,6%) e a América Latina (+10,4%) apresentam ganhos robustos, enquanto a Europa (+5,8%) permanece estável, com os mercados ocidentais ainda precisando recuperar o ritmo.
Aceleração digital
Ao mesmo tempo, os canais digitais ganham ritmo: as vendas de produtos de beleza online crescem nove vezes mais rápido do que nas lojas físicas. “A mudança para o digital não é mais opcional — é essencial”, destaca a NilesenIQ.
As vendas nos principais mercados registram crescimento de dois dígitos (+21% na América do Norte, +20% na Ásia-Pacífico e +10% na Europa), enquanto nos mercados emergentes como Brasil, Índia e Indonésia observa-se um forte avanço digitalboom digital, impulsionado por consumidores que priorizam dispositivos móveis e pela ascensão do comércio social.
Bem-estar e rituais: a nova fronteira da beleza
A outra grande transformação observada pela NielsenIQ é a evolução da beleza para um modo holístico, com produtos focados em bem-estar e rituais.
De acordo com a NielsenIQ, 50% dos consumidores globais afirmam que o autocuidado regular é mais importante agora do que há cinco anos. 44% também planejam tomar mais vitaminas ou suplementos nos próximos 12 meses.
De mesma forma, 63% dos entrevistados afirmam que o sono é mais importante para eles — impulsionando a demanda por produtos de beleza para dormir, como sprays para travesseiros, travesseiros de seda e suplementos para dormir.
Logicamente, as marcas estão entrando em categorias adjacentes: bem-estar sexual, alívio do estresse, reforços imunológicos e muito mais.
“A beleza já não se resume apenas à aparência — trata-se de experiência, bem-estar e conveniência digital. As estratégias digitais passaram a ser a espinha dorsal do varejo de beleza. As marcas precisam estar onde os consumidores estão — on-line, nas redes sociais e no celular. O consumidor de hoje exige flexibilidade e conveniência. Para se manterem relevantes e conquistar participação, marcas e varejistas devem oferecer uma experiência coesa e independente do canal, já que os concorrentes estão prontos para abocanhar uma fatia do mercado”, comentou Tara James Taylor, vice-presidente sênior de Beleza e Cuidados Pessoais da NIQ.















