Cada vez mais presentes no skincare, especialmente em produtos antissinais, os peptídeos são estruturas formadas pela ligação de duas ou mais moléculas de aminoácidos, podendo também ser definidos como proteínas fragmentadas. “Extremamente versáteis, com diversas possibilidades de usos na indústria cosmética, eles funcionam como sinalizadores, que mostram ao organismo a necessidade de produção de proteínas específicas para a saúde da pele”, explica Maria Eugenia Ayres, gestora técnica da Biotec, empresa especialista em ativos dermocosméticos.
Segundo ela, os peptídeos são capazes de ativar a renovação celular. “Eles estimulam a produção de colágeno e elastina, aumentando a firmeza e o viço da pele e amenizando rugas e linhas de expressão. Também agem na uniformização e redução de manchas e hiperpigmentação”, cita. “Há também peptídeos anti-inflamatórios, que reduzem o estresse oxidativo do envelhecimento cutâneo, peptídeos inibidores de enzima, que reduzem a degradação natural do colágeno, peptídeos neurotransmissores, que bloqueiam a liberação de toxinas responsáveis pela contração muscular das linhas de expressão, e assim por diante. São infinitas as oportunidades de atuação dos peptídeos na pele”, acrescenta Ayres.
Eles são ainda mais eficazes quando combinados a diferentes ingredientes ativos. Lançamento da Vichy, o sérum antirrugas Liftactiv H.A. Filler traz em sua composição 1,5% de ácido hialurônico para efeito preenchedor no rosto e região dos olhos e peptídeos neurotransmissores. “Eles atuam na inibição da formação das rugas causadas pelo excesso de expressão facial”, afirma Renata Guberfain, diretora da Vichy Brasil.
A marca francesa de dermocosméticos tem em seu portfólio outros itens formulados com peptídeos. “Desenvolvido exclusivamente para a pele brasileira, o sérum facial Peptide-AHA possui ação antienvelhecimento, com benefícios para peles oleosas e efeito matte. Seus peptídeos sinalizadores têm como principal função o estímulo da produção de colágeno. Além dele, também possuímos o booster anti-idade Peptide-C”, diz Guberfain. Comercializado em ampolas, o produto combina 10% de vitamina C pura, duplo ácido hialurônico e biopeptídeos.
A brasileira Be Belle é outra empresa de dermocosméticos que utiliza peptídeos em suas criações. No novo sérum Be Hialuronic, o ácido hialurônico é somado a biopeptídeos miméticos, que são “ativos que imitam processos naturais da pele para inibir a degradação de colágeno, estimular a renovação celular, regular a produção de sebo, equilibrar a produção de melanina e proteger a pele de agressões externas”, explica a diretora científica Ludmila Bonelli. Segundo ela, biopeptídeos miméticos desempenham uma ação mais segura e eficaz devido a sua biocompatibilidade cutânea e sua permeação potencializada, além de minimizar a irritação e sensibilidade na pele.
Bonelli cita outros cosméticos da marca desenvolvidos com essas moléculas de aminoácidos. “Temos o hexapeptídeo botulínico na formulação do antirrugas Be Young, biopeptídeos miméticos antiglicante e deglicante na formulação do Be Fresh, nosso produto para clareamento de manchas, e do Be Shiny, para clareamento de olheiras”.
Apesar de mais comuns no cuidado com a pele, os peptídeos também podem ser encontrados em produtos de outras categorias. “Atualmente, os peptídeos vêm sendo muito utilizados em haircare”, declara Ayres. Ela cita ativos da Biotec com peptídeos como o Greyverse®️, que atua nas diferentes causas do processo de grisalhamento do cabelo, e Capixyl®️, para prevenção e tratamento da queda capilar.
"Com o avanço da tecnologia, os peptídeos serão uma forte tendência em nosso mercado. Eles nos trarão formulações com ação prolongada, melhor absorção e sensorial sofisticado. Além disso, permitirão a entrega de ativos necessários para cada situação”, finaliza a gestora técnica da Biotec.