A Wheaton é uma empresa de origem norte-americana fundada no final do século 19. Ao Brasil, a fabricante de embalagens de vidro chegou em 1952, atendendo ao mercado farmacêutico. Mas já neste mesmo ano, a empresa começou também a fabricar frascos para os segmentos de perfumaria e cosméticos.

Já são 70 anos de Brasil. Temos muita história para contar e ela se mistura com a trajetória das principais indústrias de perfumaria, cosmética e farmacêutica”, afirma o diretor comercial e de marketing Renato Massara Júnior. Adquirida e nacionalizada no início dos anos 1990, a companhia instalada em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, se tornou líder nacional no fornecimento de embalagens de vidro e tem entre os principais clientes marcas como Avon, Natura, O Boticário, Hinode e Jequiti.

Atualmente, a empresa opera quatro fornos contínuos e 23 linhas de produção, tendo capacidade de manufaturar um bilhão de frascos por ano ou 300 toneladas de vidro por dia. “Ainda há espaço para crescer. A Wheaton é reconhecida pela flexibilidade e rápida resposta às necessidades do mercado”, diz Massara Júnior. Além de produzir embalagens de vidro, a companhia também atua com decoração e fabricação de moldes e equipamentos.

Uma das cinco maiores instalações especializadas neste segmento em todo mundo, a companhia brasileira exporta para mais de 40 países. “Temos trabalhado fortemente na expansão da nossa presença internacional, firmando parcerias com grandes players do mercado mundial de perfumaria”, conta o executivo. Ele cita como exemplo de cliente internacional o grupo francês Interparfums, que detém marcas de fragrâncias como Montblanc, Jimmy Choo e Moncler.

Para marcar os 70 anos da companhia, a Wheaton apresentou um grande lançamento na última FCE Cosmetique, a linha Glass Senses, com frascos que exploram os sentidos humanos por meio da decoração no vidro. “A tecnologia de serigrafia perfumada com microcápsulas de fragrância permite sentir o cheiro do perfume na embalagem, antes mesmo de utilizar o produto. A serigrafia 3D promove um design inclusivo, podendo ser utilizada para trazer acessibilidade às pessoas com deficiência visual através da inscrição em braile nos fracos. Já a pintura soft touch dá um acabamento tátil à embalagem, com uma textura macia e suave, que proporciona uma agradável sensação de conforto aos consumidores”, explica o diretor.

Outra novidade no portfólio da Wheaton é o processo de decoração de impressão digital, capaz de produzir um grande volume de impressões simultâneas e de forma personalizada. “Essa tecnologia permite uma impressão realista no vidro - de uma fotografia, ilustração, imagem ou textos - de forma translúcida ou sólida. Além de oferecer alta resolução de imagem e a possibilidade de artes com cores infinitas da escala Pantone”, diz Massara Júnior.

Segundo o executivo, o objetivo da empresa é promover experiências únicas. “Precisamos olhar o mercado sob uma nova ótica. O consumidor está em busca de produtos mais duráveis e inclusivos, além de sustentáveis”. Ele ressalta que o vidro tem um importante papel para a economia sustentável e circular e que a Wheaton é a primeira indústria de vidro do mundo a utilizar o biometano como fonte energética, em substituição parcial do gás natural. O processo teve início em 2020.

Apesar de a embalagem de vidro ser 100% reciclável e reutilizada infinitamente, para sua produção ainda se consome o gás natural. Por isso, a chegada do biogás, que transforma resíduo de lixo em energia renovável e substitui a parte do gás natural utilizado, torna o vidro um produto ainda mais sustentável”, afirma Massara Júnior. “Acreditamos que o biogás, em breve, também se tornará economicamente mais vantajoso, contribuindo para aumentar a competitividade do vidro brasileiro no mercado mundial”, finaliza.