Presente no Brasil desde o início dos anos 1990, a Lancôme ainda não tem pontos de venda próprios no país. Mas isso não é uma questão para a grife francesa de cosméticos no momento. “Pode ser que no futuro, uma marca que vem se desenvolvendo tão bem no mercado brasileiro, como a Lancôme, tenha a intenção de pensar outros modelos de varejo, mas hoje não é o caso”, afirma Marcela D’Ávila, diretora da Lancôme no Brasil.

Não ter lojas fixas não significa que a marca não possa estar perto dos brasileiros. Inaugurada na cidade de São Paulo em 3 de maio — e com visitação até dia 13 do mesmo mês —, a Casa Lancôme propõe experiências de beleza e é mais uma estratégia de aproximar clientes e apresentar a Lancôme para novos públicos.

“Temos o objetivo de que mais e mais pessoas conheçam a marca, que tem um notável awareness dentro do segmento seletivo de luxo. Mas o Brasil tem um mercado de fragrâncias enorme, um mercado de skincare enorme e sabemos que nem todos potenciais compradores têm contato com a marca. Então, na Casa Lancôme, temos uma oportunidade de ampliar o awareness, porque eu quero que consumidores de todas as classes sociais e circuitos conheçam a marca”, diz a executiva.

Marca já teve quiosques sazonais de venda

Este foi o primeiro espaço criado com o intuito principal de interação com o público, mas a Lancôme já teve quiosques temporários de vendas em operação no país. “A escolha pelo quiosque é de acordo com a sazonalidade. Para o mercado de luxo, datas comemorativas são muito importantes. No ano passado, por exemplo, abrimos quiosques em shoppings tanto no Dia das Mães, que é a data mais forte para as marcas femininas no primeiro semestre, quanto no Natal. São pontos de venda pensados para durar aquela temporada, de um mês, um mês e meio”, explica D’Ávila.

Outras frentes fundamentais para a promover o crescimento da marca no país, segundo a diretora, são as ativações em medias sociais e seu time de influenciadoras. “Elas vão se comunicar com o consumidor que, às vezes, nunca ouviu falar de Lancôme”. O “squad” de embaixadoras brasileiras também é imprescindível nessa missão, especialmente por poder “tropicalizar” a marca.

“Nós temos uma marca com DNA muito forte e global. Você olha para a Lancôme e sabe que é Lancôme. Mas, ao mesmo tempo, temos pessoas que criam uma conexão muito grande com o consumidor brasileiro. Desde o ano passado, está no nosso time a Rafa Kalimann, que participou do Big Brother, é atriz, apresentadora e consumidora assídua da marca. Agora está entrando a atriz Camila Pitanga, que é uma pessoa que se conecta muito com o brasileiro e, em breve, também teremos dentro do squad uma das maiores artistas do Brasil, que é a Sandy”, revela D’Ávila.

Tropicalização e rejuvenescimento da marca

Além de trazer “ares brasileiros”, as novas embaixadoras também têm o papel de rejuvenescer a imagem da Lancôme e mantê-la atual no país. “Estamos falando de uma marca criada há quase 90 anos, que é supermoderna, com milhões de patentes de ciência e sempre à frente do seu tempo”.

Dona da fragrância de luxo mais vendida no país desde 2018, a La Vie est Belle, a Lancôme tem o Brasil como um dos mercados mais importantes. “Estamos em um dos países em que mais aumenta o interesse por cosméticos de luxo e entendemos que temos espaço para crescer muito mais. Queremos consolidar nossa posição dentro do segmento de luxo, mas também recrutar consumidores que hoje estão em marcas icônicas de fragrâncias, como Natura e Boticário”, cita D’Ávila. Além da perfumaria, estão no foco da expansão da marca no país as categorias de skincare e maquiagem. “Temos potencial para isso”, ela finaliza.