Três meses após seu lançamento, a rede de franquias Cheflera contabiliza mais de 20 unidades abertas no Brasil e espera fechar o ano com pelo menos 100 em funcionamento. O novo negócio une loja de cosméticos e clínica de estética e tem à frente o empresário Fernando Martins. “Tenho larga experiência com franquias. Já fui dono de duas redes de grande destaque nacional em áreas distintas. A primeira, no segmento da educação, e a segunda, em lavanderias”.

Fernando Martins, diretor da Cheflera

Quando vendeu a rede Lava e Leva, o ex-professor universitário pesquisou novos ramos de negócio e decidiu investir em cosméticos. Mas ele buscava um diferencial para entrar no disputado mercado brasileiro de franchising de beleza. Basta lembrar que a maior rede de franquias do país é O Boticário, com mais de 3700 pontos abertos.

Resolvi juntar clínica de estética com loja de cosméticos e tornar o negócio um centro de beleza, permitindo que o cliente faça tratamentos com produtos de alta tecnologia e que possa usar em casa os mesmos cosméticos profissionais aplicados pela esteticista”, diz Martins. De acordo com um levantamento realizado no ano passado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e o Instituto FSB Pesquisa, o Brasil se tornou o terceiro maior mercado de estética no mundo, atrás apenas de EUA e China.

Outra estratégia lançada pelo diretor da empresa foi reverter o valor dos pacotes de serviços estéticos em créditos para a compra dos cosméticos da loja. Se uma pessoa realiza um tratamento no valor de R$ 300, por exemplo, ela pode retirar R$ 300 reais em produtos da marca, sem custo extra.

Além da fidelização dos consumidores, a ação visa o faturamento recorrente das unidades, provendo o capital necessário para manter a rede em funcionamento. “Segundo pesquisas, 80% das empresas que fecham no Brasil, são por falta de capital de giro, aquele dinheiro que a empresa tem que ter todos os meses para arcar com os custos fixos”, afirma o empreendedor. “O faturamento recorrente, vindo dos planos de procedimentos estéticos, garante que o dono da loja Cheflera terá capital todos os meses”, acrescenta.

Martins explica que as clínicas têm planos de três a seis meses de tratamento, que são pagos mensalmente. “Se o cliente fizer um plano de três meses, durante esse período, a loja terá faturamento garantido. Quanto mais clientes adquirirem planos de estética, mais a loja fatura e vende também”. Os pacotes saem a partir de R$ 100 por mês.

A Cheflera possui um portfólio com mais de 100 produtos, divididos nas categorias skincare (rosto, corpo, pés e mãos), haircare, perfumaria feminina e masculina, nutricosméticos, difusores e aromatizadores de ambiente. Na cartela de serviços estéticos estão drenagem linfática, rádio frequência, lipocavitação e peeling de diamante, entre outros procedimentos.

Os produtos são fabricados por uma indústria terceirista. “No momento, não temos planos de abrir fábrica, nem mesmo com a expansão”, afirma Martins. O foco está no crescimento da rede pelo país. Até o momento, apenas a região Nordeste ainda não tem loja da marca. “Agora estamos empenhados em tornar a Cheflera a maior rede de estética do Brasil e uma das maiores no mercado de cosméticos”, completa.

O investimento inicial para a abertura de uma loja franqueada é de R$ 60 mil e a previsão de retorno, com faturamento estimado em R$ 7 mil, vai de seis a 18 meses, de acordo com a marca.