A recente crise econômica enfrentada no país e o aumento do desemprego entre os brasileiros foram o motor propulsor para a abertura da Ewoé, microfranquia especializada em tratamento capilar em domicílio.

Selene Ferreira, CEO da Ewoé

Eu buscava uma forma de tornar a venda direta mais completa, focada em serviços, além de trazer uma oportunidade de negócio para mulheres que precisam de uma rápida rentabilidade e tenham interesse pelo mercado da beleza”, explica Selene Ferreira, fundadora da Ewoé. Ela investiu R$ 50 mil na abertura da empresa e estabeleceu uma parceria com os salões Soho. Além de fornecer treinamento para as franqueadas da Ewoé, a rede de cabelereiros também as abastece com seus produtos de cuidados com os fios, a preço de custo, tanto para a realização dos serviços como para a revenda às clientes.

Chegamos à marca Soho por admiração e reconhecimento e esta parceria beneficia os dois lados”, afirma Ferreira. “Nós já lançamos a Ewoé com técnicas e produtos de alta qualidade, que são reconhecidos internacionalmente. Em contrapartida, a Soho ganhou a possibilidade de ter seus produtos nos lares de todos os nossos clientes, tanto no Brasil quanto no exterior”. Para as clientes, a vantagem é não ter que sair de casa para receber um tratamento com a mesma qualidade dos oferecidos em salões de beleza e ainda pagar até 70% menos – “uma democratização dos serviços prestados para o público A/B”, de acordo com a marca.

A franqueada da Ewoé não precisa ser cabelereira. O treinamento realizado pela Soho Academy permite que ela faça o diagnóstico dos fios, aprenda sobre os produtos e suas aplicações em serviços como hidratação, recuperação dos fios e redução de volume. “O foco da Ewoé não é formar cabelereiras, mas sim especialistas em tratamento capilar. Não trabalhamos com nenhum produto que envolva processo químico ou que exija formação para ministrá-lo”, explica a empresária. Ainda assim, ela conta que muitas interessadas na proposta já são profissionais do setor que “estão insatisfeitas com o mercado ou em busca de uma nova direção”.

Para entrar no negócio, além do treinamento, que é custeado pela franqueada (R$ 250 por técnica), é necessário adquirir um kit de produtos da Soho Guenki, com opções que vão de R$ 320 (para aquelas que optam por trabalhar com redução de volume) até R$ 2300 (para as que também planejam revender produtos para os clientes usarem em casa). A estimativa de faturamento é de R$ 15 mil mensais. “Temos uma grande variedade de kits para que nenhuma mulher que tem como projeto de vida empreender fique de fora”, diz Ferreira.

Mesmo oferecendo consultoria gratuita com noções de gestão do negócio, estratégia de vendas e material de apoio, por enquanto, cabe à consultora a própria promoção e construção de carteira de clientes. “Está previsto o lançamento de um aplicativo para que as especialistas possam ser encontradas diretamente pelas consumidoras”, antecipa a idealizadora da marca.

Nos primeiros três meses de operação, a Ewoé já contava com mais de 50 franqueadas capazes de atender 60 clientes por mês cada. Atualmente, são 78 especialistas, localizadas em diferentes partes do Brasil e também em países da América Latina e Europa. “Não conheço nenhum modelo de negócio parecido no mundo. Acredito que, por este motivo, já estamos presentes em outros países”, diz. Até o final do ano, a meta da empresa é chegar a mil franqueadas.