Apenas quatro anos após se estabelecer no Brasil, a empresa norte-americana dōTERRA anunciou a construção de uma fábrica no país. Sediada na cidade de Joinville (SC), será a segunda fábrica da líder global de aromaterapia e óleos essenciais fora dos EUA – a outra começou a ser construída em 2019 na Irlanda e já está em operação.
A companhia investirá R$ 50 milhões para erguer o empreendimento. As obras devem começar no mês de agosto e a previsão é de inauguração em 2023. “O Brasil vem superando todas as expectativas de crescimento e é um mercado muito promissor para a dōTERRA”, afirma Helton Vecchi, diretor geral da dōTERRA Brasil. Em 2021, a marca registrou recorde de vendas no país, com mais de um milhão de frascos de óleos essenciais vendidos, um aumento de 55% em relação ao ano anterior.
O executivo pontua os objetivos do investimento. “Queremos trazer mais eficiência para a operação, criar capacidade produtiva para atender a expansão da dōTERRA no Brasil e no mundo, gerar uma vantagem competitiva com custos menor, ter mais disponibilidade de produtos e fortalecer a presença da marca no país”.
Vecchi comenta que mais de 90% dos produtos da marca já são fabricados atualmente no Brasil, por meio de empresas parceiras, e que a nova planta será preparada para envasar 100% do portfólio de óleos essenciais da produção nacional. “Em princípio, somente o envasamento será feito em nossa nova fábrica, mas teremos também a capacidade para desenvolver e fazer as misturas de novos produtos”.
Planejado nos mesmos padrões das unidades da companhia nos EUA, um laboratório de última geração será instalado no empreendimento brasileiro, a fim de testar e garantir a pureza dos óleos que serão envasados no país. O projeto prevê sistemas de tratamento de resíduos, gestão eficiente de energia e uso reduzido de água. A planta terá ainda um espaço de experimentação de produtos. A estrutura atual da dōTERRA no Brasil conta com três desses espaços de experiência de marca – que também servem de ponto de retirada de produtos –, além três centros de distribuição.
Segundo o diretor geral da empresa, a região sul foi estrategicamente escolhida para a instalação do empreendimento. Ele destaca benefícios como a facilidade para a circulação de mercadorias, a proximidade com parceiros comerciais e oportunidade de negócios com países no Mercosul, já que a nova fábrica terá capacidade de produzir volumes para exportação. “Isso dependerá da demanda desses mercados e a oferta em âmbito nacional”, ele afirma.
A filial brasileira também pretende ampliar no país a sua linha de cosméticos elaborados com óleos essenciais e ingredientes naturais. “Queremos trazer para o mercado ainda mais produtos desta categoria”, diz Vecchi. No momento, o portfólio inclui cerca de 20 itens para os cuidados com o corpo, face e cabelos, que podem ser uma forma de atrair mais consumidores para o segmento de aromaterapia.
O executivo se mostra animado com o avanço do setor de aromaterapia e bem-estar no Brasil e no mundo, com um valor global estimado de mais de US$ 1,5 trilhão, segundo dados da McKinsey. “O aumento tanto do interesse quanto do poder de compra do consumidor apresenta enormes oportunidades para as empresas e, embora nossos números sejam expressivos nestes primeiros quatro anos de operação brasileira, este é somente o início de um crescimento ainda muito maior”.