Sinais de envelhecimento e as manchas por hiperpigmentação são algumas das principais queixas das mulheres brasileiras em relação à aparência da pele de seus rostos. Um ingrediente cosmético que pode atuar de forma segura e eficaz no tratamento tópico dessas duas questões e que ainda não é muito popular no Brasil é o ácido gálico.

O ácido gálico é um ácido orgânico, que pode ser extraído de diversas plantas. Ele age de duas formas distintas na pele: como clareador e como antioxidante. Assim, esse ativo vai tanto reduzir a pigmentação da pele em locais indesejados, quanto inibir a formação de radicais livres, que levam ao envelhecimento da pele”, afirma Andrea Bannach, gerente médica em dermatologia da Profuse.

A marca de dermocosméticos do Aché Laboratórios tem em seu portfólio o Clair Concentré, que traz o ácido gálico em sua composição. “Este é um produto destinado à uniformização do tom da pele, tornando mais próximas do tom natural as áreas hipercrômicas, seja em decorrência exposição solar exagerada, uso de alguns medicamentos, cicatrizes de acne, dentre outras situações”, diz Bannach.

Na fórmula da Profuse, indicado para uso no rosto e também nas axilas, o ácido gálico é somado a outros ingredientes, como a niacinamida e a vitamina C. Segundo a dermatologista da marca, o ácido gálico é um componente que pode ser associado a muitos outros utilizados pela indústria de cosméticos. “A maioria dos cremes para uniformização da pele contém associações de ativos, pois dessa forma conseguimos unir ingredientes com ações diferentes e oferecer ao paciente uma fórmula final mais eficaz e com benefícios mais interessantes”, ela explica.

No Whitening Cream da Belvittà, o ácido gálico – com efeito clareador da pele 60 vezes maior do que o ácido kójico – é combinado a ácido dióico e hexilresorcinol. De acordo com a marca, com essa associação de ativos, o produto atua intensamente na prevenção e correção da hiperpigmentação, clareando, uniformizando a cor e iluminando a pele de forma segura, podendo ser aplicado inclusive durante o dia.

A Extratos da Terra é outra empresa que utiliza ácido gálico em seus produtos. No Sérum Vit C, o ativo é proveniente do extrato de kakadu, uma ameixa natural da Austrália que é rica em polifenóis e ajuda na redução das rugas e das manchas. Já nos produtos corporais Nano Shower e o Advanced Detox (este restrito ao uso profissional), o ativo é extraído do óleo de coco e atua na melhora da aparência e qualidade do tecido e processo inflamatório da celulite, segundo Lucimara da Cunha, analista de produtos e marketing da marca.

O ácido gálico é um ativo bastante versátil pelo seu alto poder antioxidante. Como a ação antioxidante traz benefícios em diversos cuidados da pele, ele pode ser associado a diversos tratamentos, potencializando a ação dos produtos”, diz Cunha.
Apesar da sua versatilidade de aplicações e os benefícios que atendem às necessidades da pele das brasileiras, ainda são muitas as opções de cosméticos desenvolvidos com o ácido gálico no país. A gerente médica em dermatologia de Profuse tem uma explicação para isso. “Existem muitos ativos clareadores e antioxidantes no mercado. As empresas buscam ativos diferentes, para criar fórmulas únicas e oferecer exclusividade aos seus clientes. Dentre todos os produtos hoje disponíveis na categoria, percebe-se que poucos ingredientes se repetem. Com o avanço da tecnologia, a oferta de novas moléculas é crescente, bem como a procura dos consumidores por novidades”, finaliza Bannach.