Formada em administração de empresas e direito, Carolina Xavier construiu uma carreira em multinacionais e chegou a empreender no ramo da moda. Mas, depois de se tornar mãe de quatro meninas e chegar à faixa dos 40 anos, decidiu dar um novo rumo – e significado – à vida. Incomodada com uma indústria da beleza que propaga uma juventude eterna e padrões irreais, ela criou a Juvia.

Somos a favor de uma beleza autêntica e natural. Por isso a Juvia é pensada para um público maduro e espiritualizado, que entende a jornada do envelhecimento, quer se cuidar e estar na melhor forma, mas que não segue todas as tendências e não tem um desespero vazio de se encaixar”, afirma a empreendedora.

Ela conta que o projeto de pesquisa e desenvolvimento da marca levou três anos e incluiu um time de químicos, perfumistas e especialistas internacionais. “Desde o início do projeto, eu queria usar ativos da biodiversidade brasileira, que é muito rica e valorizada. Aí chegamos na castanha-do-pará e fez todo sentido.

Castanha-do-pará é rica em ácidos graxos, vitaminas A, B e E e minerais

Juvia é um dos nomes da imponente castanheira-do-pará, uma árvore nativa da região amazônica que é símbolo de longevidade, já que pode viver mais de 500 anos. Sua semente, também conhecida como castanha-do-acre, castanha-da-amazônia ou, simplesmente, castanha-do-brasil, é rica em ácidos graxos, vitaminas A, B e E e minerais como selênio, zinco e magnésio, propriedades que contribuem para hidratação profunda, regeneração da pele, proteção da barreira cutânea e ação contra radicais livres. A castanha-do-pará está – e estará – em todos os produtos da marca.

A Juvia chega ao mercado com um portfólio enxuto. São três produtos iniciais: a máscara labial noturna com peptídeos e vitamina E, o bastão lifting com complexo de ácido hialurônico, indicado para colo, pescoço e mãos, e o hidratante firmador ultra concentrado com vitamina E, niacinamida, cafeína, de uso corporal. Além de castanha-do-pará, outros ativos naturais estão presentes nos produtos, como cupuaçu, karité e jojoba. “Abordamos áreas específicas que, com o envelhecimento, precisam de mais cuidados”, explica Xavier.

Segundo a empresária, o catálogo será expandido futuramente. “Queremos nos fortalecer no skincare, mas os próximos produtos serão construídos com nossa comunidade. Queremos escutar os clientes e entender quais são as dores. Não temos pressa, não é nosso intuito ter uma fila de produto em pipeline, como faz o mercado. Quem segue muito tendências, fazendo ora isso ora aquilo, acaba perdendo a identidade.

Benefícios imediatos e a longo prazo, com experiência sensorial de spa

Com embalagens minimalistas e atraentes, texturas indulgentes e uma assinatura olfativa sofisticada, a Juvia procura transformar o ritual de cuidado em uma experiência sensorial digna de spa. “Nosso objetivo é criar cosméticos de alta performance, que oferecem benefícios imediatos e a longo prazo. Mas também queremos que o uso seja prazeroso, um momento de pausa e realmente de cuidado. Para mim, o cosmético é uma ferramenta e cuidar de si é um ato de protagonismo.

Os produtos estão disponíveis no e-commerce da marca, com preços de lançamento vão R$ 198 a R$ 328. “Nesse primeiro momento, a venda será exclusiva no digital. Nascemos com três produtos, não faz sentido pensar agora em PDV (ponto de venda). Mas no futuro, pelo posicionamento premium, voltado ao público classes A e B, eu acredito em expansão para canais especializados, como lojas e spas”, diz a fundadora.

Ela também acredita em oportunidades para a Juvia no mercado internacional – as embalagens já são bilíngues, com informações em português e inglês. “Lógico que eu penso no mercado externo. Eu não tenho sócio ou investidor. Criei essa marca com muito amor para ser um legado, durar gerações. Então eu espero um crescimento sólido, estruturado e sustentável, no Brasil e no mundo.