Natura &Co registrou forte crescimento no terceiro trimestre de 2019, com aumento da receita em suas três marcas: Natura, The Body Shop e Aesop.

O grupo também deu passos importantes para o fechamento da aquisição da Avon Products, Inc.: apenas alguns dias após o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) ter aprovado a transação sem ressalvas, hoje os acionistas de Natura e Avon votaram a favor da aquisição em suas respectivas assembleias extraordinárias. Dessa forma, o grupo está no caminho para que o fechamento da aquisição aconteça no primeiro trimestre de 2020, como planejado, criando o quarto maior grupo exclusivo de beleza no mundo, líder na relação direta com o consumidor.

A receita líquida consolidada de Natura &Co alcançou R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre, alta de 7,2% em bases reportadas, e de 10,1% em moeda constante. O EBITDA ajustado ficou em R$ 459,3 milhões, enquanto o lucro líquido foi de R$ 68,6 milhões, reflexo de investimentos programados da Natura em sua marca e em digitalização, além de custos não-recorrentes relacionados à aquisição da Avon. Entre janeiro e setembro, a receita líquida aumentou 6%, para R$ 176,6 milhões.

"Natura &Co registrou um notável desempenho de vendas no terceiro trimestre, superando expectativas, com crescimento de dois dígitos em moeda constante. Todos os negócios e marcas contribuíram positivamente para o resultado, apesar de um mercado desafiador no Brasil, onde ainda assim a Natura continuou a ganhar participação, e em Hong Kong, que impactou a The Body Shop e Aesop”, afirmou Roberto Marques, presidente executivo do Conselho de Administração de Natura &Co.

A receita líquida ajustada da Natura aumentou 8,1% no terceiro trimestre, impulsionada por lançamentos inovadores de produtos. A produtividade por consultora aumentou pelo 12º trimestre consecutivo, a plataforma digital da Natura (com website e app dedicados à atividade de Consultoria) alcançou 860 mil usuários, enquanto as vendas digitais aumentaram em dois dígitos. Na América Latina, o avanço da receita líquida ajustada em reais foi de 10,2% e, em moeda constante, de 28,8%. Na Argentina, o forte desempenho ocorreu em meio a um cenário desafiador, enquanto o México e a Colômbia também apresentaram crescimento.

A The Body Shop continua a mostrar bons resultados de seu plano de transformação. A receita líquida cresceu 1,1% em reais e 3,8% em moeda constante. Excluindo os efeitos dos eventos em Hong Kong, o aumento da receita em moeda constante teria sido de 6,4%. As vendas das lojas próprias, em bases comparáveis, aumentaram 3,1% no Reino Unido, o que ressalta a atratividade da marca em seu maior mercado. O EBITDA ajustado foi de R$ 69 milhões, com margem de 7,4%, impactado pelos eventos em Hong Kong. Excluindo esse efeito, a margem EBITDA ajustada aumentou 30 pontos-base, para 8,0%.

A Aesop, por sua vez, teve mais um trimestre de forte crescimento. A receita aumentou 10,8% em reais e 10,2% em moeda constante. No conceito "mesmas lojas", as vendas subiram 9% no trimestre, e ainda houve a abertura de mais quatro lojas exclusivas no período, elevando o total para 240. A margem EBITDA no trimestre foi de 12%, alta de 300 pontos-base.

A relação entre dívida líquida e EBITDA de Natura &Co ficou em 2,98 vezes, queda em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (3,27 vezes). O grupo continua no caminho certo para atingir a meta de redução do endividamento da companhia para o nível anterior à aquisição da The Body Shop, de 1,4 vez até 2021.