Cresce no mundo todo o mercado de “cosméticos do bem”, com destaque para os veganos, sustentáveis, naturais e orgânicos, que devem atingir US$ 25,11 bilhões até 2025, de acordo com relatório da Grand View Research.

De acordo com a pesquisa do IBOPE Inteligência, realizada em abril de 2018, 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos, o que representa cerca de 30 milhões de pessoas. Dado esse número, especialistas estimam que, em uma projeção conservadora, haja cerca de 7 milhões de veganos no Brasil. O veganismo movimenta um mercado que cresce 40% ao ano no Brasil, e os cosméticos veganos brasileiros ganharam bastante visibilidade nesse contexto.

Crescimento de sobrancelhas e cílios

Embora ainda não haja dados precisos sobre o número de veganos no Brasil, algumas marcas começam a renovar seu arsenal de produtos, com a finalidade de torna-los 100% veganos. Esse é o caso da Pharmapele, rede de farmácias de manipulação, com 31 anos de experiência em medicamentos personalizados e cosméticos de tratamento. A rede celebra no 1 de Novembro o Dia Mundial Vegano.

Segundo a farmacêutica Luisa Saldanha, CEO da Pharmapele, a preocupação da marca vai além do crescimento de mercado e tem relação com a filosofia da empresa. “Hoje 90% dos nossos produtos são veganos [1]. A ideia da Pharmapele é atingir a totalidade e se consolidar como uma empresa referência em produtos que não utiliza matérias-primas de origem animal”, afirma Luisa.

Segundo a farmacêutica, diferente do que muitas pessoas pensam, a eficácia dos cosméticos veganos e orgânicos é a mesma de produtos convencionais. O que realmente muda é o preço, principalmente em produtos orgânicos, já que as matérias primas orgânicas certificadas tendem a ser mais caras, o que acaba impactando no preço do produto final. “O custo de produção de um produto vegano pode ser até dez vezes superior ao custo de produção de um convencional, já que existe menos oferta de matéria-prima vegana no mercado que proporcione os mesmos resultados dos convencionais. Assim, muitas vezes é necessário fazer associações de ingredientes para alcançar o resultado desejado. Além disso, o processo de certificação é um trabalho longo e demanda um investimento alto”, explica a farmacêutica. “Mas só o fato de banir ingredientes de origem animal já é um avanço muito grande”, finaliza a farmacêutica.