A Hermès divulgou na quarta-feira, 22 de outubro, seus resultados do terceiro trimestre, registrando um crescimento de 5% na receita em relação ao ano anterior, para 3,9 bilhões de euros — “uma ligeira melhora em comparação com o segundo trimestre, particularmente na Europa, Américas e Ásia”. O avanço foi amplamente distribuído entre as divisões da empresa, com exceção dos segmentos de Relógios e de Perfumes e Beleza, que permaneceram em queda.

"A médio prazo, apesar das incertezas econômicas, geopolíticas e monetárias em todo o mundo, o grupo confirma uma meta ambiciosa de crescimento da receita a taxas de câmbio constantes", afirmou o grupo em um comunicado à imprensa.

A Hermès, assim como seus concorrentes, enfrentou dificuldades devido às taxas de câmbio desfavoráveis, que impactaram as vendas reportadas. A taxas de câmbio constantes, a receita cresceu 10% no terceiro trimestre.

Nos primeiros nove meses do ano, as vendas aumentaram 6,3%, para 11,9 bilhões de euros (8,6% em bases comparáveis).

As vendas na Ásia, excluindo o Japão, aumentaram 0,3%, para 1,59 bilhão de euros no terceiro trimestre (+6,2% a taxas de câmbio constantes) e cresceram em todos os países, particularmente na Grande China (ou seja, incluindo Hong Kong, Macau e Taiwan).

A receita na região das Américas aumentou 7,2% (14,1% a taxas de câmbio constantes), para 714 milhões de euros.

Na Europa (excluindo a França), as vendas aumentaram 8,3%, e na França, dispararam 10,4%, graças à "atividade sustentada em todas as lojas", de acordo com o comunicado à imprensa.

Perfumes e beleza ficam para trás

A divisão de Artigos de Couro e Selaria da Hermès — o principal negócio da marca — registrou um aumento de 8,1% nas vendas, para 1,7 bilhão de euros, impulsionado pela demanda contínua por suas icônicas bolsas Birkin e Kelly e pelo sucesso das novas coleções.

As vendas no segmento de Prêt-à-porter e Acessórios aumentaram 2% no terceiro trimestre (6,6% a taxas de câmbio constantes).

As vendas de perfumes e produtos de beleza continuaram a cair, registrando uma queda de 8,6% no terceiro trimestre (-7,2% a taxas de câmbio constantes), resultando em uma diminuição acumulada de 5,6% nos primeiros nove meses (-5% a taxas de câmbio constantes). O grupo atribuiu essa queda à alta base de comparação devido ao lançamento de Barénia no ano passado.