Por unanimidade dos 103 senadores que participaram ao voto, o Senado federal aprovou as modificações propostas pela Câmara dos Deputados ao projeto de proibição de testes em animais. O novo texto é fruto de uma iniciativa apresentada em abril de 2019 pelo senador Ricardo Monreal Ávila.

Como resultado, a Lei Geral de Saúde (Ley General de Salud) proibirá a fabricação, importação ou comercialização de produtos cosméticos testados em animais ou que contenham ingredientes ou combinações de ingredientes testados em animais.

O projeto foi apoiado pela Humane Society International do México e a organização não governamental chamada Te Protejo. “Estamos muito satisfeitos em ver o México se tornar o primeiro país da América do Norte a proibir os testes cosméticos em animais e parabenizamos nosso patrocinador por este projeto, o senador Ricardo Monreal, assim como todos os membros do Congresso que votaram pelo fim dos testes cosméticos em animais no México,” disseram os dois grupos de direitos dos animais em um comunicado.

O senador Ricardo Monreal Ávila chamou a decisão como histórica:

A reforma da lei também foi apoiada pela Lush, Unilever, P&G, L’Oréal, Avon e outras empresas do setor de beleza que estão colaborando com a HSI no programa AFSA (Animal-Free Safety Assessment, Avaliação de Segurança Livre de Animais) com o objetivo de alinhar as leis internacionais e ajudar pequenas empresas e autoridades governamentais na transição de testes em animais para métodos avançados que não utilizam animais e que agora são amplamente disponíveis.

Além do México, o uso de animais para testes em cosméticos já foi oficialmente proibido em 41 países, além de 10 estados no Brasil e sete nos Estados Unidos. Três outros estados americanos - Nova Jersey, Rhode Island e Nova York - estão atualmente discutindo projetos de lei semelhantes. Textos federais também estão aguardando a reintrodução nos EUA e no Canadá.