Carnaval no Brasil é sinônimo de corpos pouco vestidos, mas repletos de brilho. Presença garantida nos blocos de rua e sambódromos do país, o glitter nada mais é do que um microplástico produzido a partir de polímeros e pintado em cores metálicas ou iridescentes, de modo a refletir a luz.

Frances Sansao, uma arquiteta brasileira, que queria conscientizar as pessoas sobre a quantidade de plástico usada em maquiagem para eventos como o carnaval carioca, agora está produzindo e vendendo um brilho biodegradável, que ela espera que substituirá o material convencional usado durante o carnaval.

Inspirada por receitas culinárias veganas, ela testou várias fórmulas, antes de obter a melhora, com base em algas e pedras de mica.

"Eu adoro Carnaval, mas ele gera muito lixo. As pessoas usam muitos copos descartáveis, as pessoas jogam muita coisa na rua... purpurina que fica nas ruas, roupas… as pessoas compram coisas descartáveis, muito plástico porque é barato…. a gente tem uma cultura de consumo muito pouco sustentável no carnaval," explica Frances Sansao, fundadora da Pura Bioglitter.

No início do ano, seguindo a tendência mundial, as empresas brasileiras de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos assumiram um compromisso voluntário para eliminar o uso de micropartículas plásticas sólidas em seus produtos até 2021.