Em 2014, Daniel Fonseca de Jesus assinou a venda da Niely para a multinacional francesa L’Oréal. Fundada em 1986, sua fabricante de produtos capilares faturava R$ 540 milhões ao ano e foi negociada por mais de R$ 1 bilhão. Uma cláusula de competição não o permitia atuar no ramo que o consagrou, mas o período de quarentena está encerrado e o empresário anunciou seu retorno ao setor de cosméticos.

Em 2014, Daniel Fonseca de Jesus assinou a venda da Niely para a multinacional francesa L’Oréal

A data de inauguração e o nome da nova marca ainda não foram divulgados. Ainda em busca de um sócio, Jesus, que vinha ocupando o cargo de vice-presidente do comitê estratégico da L’Oréal, confirmou ao jornal Valor Econômico que o foco é a categoria de haircare, em especial a de tintura em creme, produto que fez da Niely líder de vendas com a linha Cor&Ton.

De acordo com o empreendedor, a expectativa é alcançar 10% do mercado brasileiro de coloração e tratamento dos fios em cinco anos. Para isso, pretende construir uma forte rede de distribuição, investir em marketing e montar uma equipe com 300 expositoras, que deverão trabalhar nos pontos de venda, apresentando os novos produtos aos consumidores.

Mesmo com mais de 30 anos de experiência no segmento, Jesus, que é formado em química, contratou empresas brasileiras e internacionais que o assessoraram no desenvolvimento das fórmulas para seu portfólio. Linhas de maquiagem e de cuidados com a pele são planejadas para o futuro. Desta vez, ele optou por terceirizar a produção, mas, como na Niely, o público alvo segue sendo as classes C, D e E.

Além de presidiar a nova empresa de cosméticos, Jesus, que completou 60 anos, segue à frente de sua holding Milano, que tem participação em negócios de ramos variados, como a rede de fast-food Taco Bells e a escola Cultura Inglesa.