O grupo americano de cosméticos Coty anunciou na quarta-feira, 5 de novembro, resultados abaixo do esperado para o primeiro trimestre do seu ano fiscal de 2026, mas prevê "um retorno ao crescimento no segundo semestre de 2026". O grupo conta com a demanda sustentada no setor de fragrâncias, área na qual pretende fortalecer sua posição.
No primeiro trimestre (julho a setembro de 2025), o lucro líquido caiu 19%, para US$ 64,6 milhões. A receita diminuiu 6%, para US$ 1,58 bilhão.
As vendas recuaram em todas as regiões: queda de 6% nas Américas (tanto em bases reportadas quanto comparáveis), de 4% na EMEA (-9% em bases comparáveis) e de 9% na Ásia-Pacífico (tanto em bases reportadas quanto comparáveis).
“Esperamos que as vendas do segundo trimestre fiquem na faixa superior da nossa previsão anterior, com retorno ao crescimento de vendas e lucros no segundo semestre do ano fiscal de 2026”, anunciou o grupo em comunicado.
“O progresso estratégico da Coty está se acelerando”, disse a CEO da Coty, Sue Nabi, citada no comunicado.
Em setembro, a Coty anunciou o início de uma revisão estratégica de sua divisão de cosméticos voltada ao grande público, com o objetivo de recentrar suas atividades no segmento de perfumaria por meio da integração das divisões de fragrâncias “premium” e “de consumo”.
Na categoria “ultra premium” — que engloba perfumes vendidos por mais de 150 euros (marcas como Jil Sander, Chloé, Infiniment Coty, Burberry e Gucci) —, as vendas da Coty cresceram 17%, informou à AFP o diretor administrativo e financeiro, Laurent Mercier.
Fim da licença da Gucci
No entanto, a Coty está prestes a perder a licença da Gucci, já que a Kering — grupo de luxo proprietário da marca italiana — acertou a venda de sua divisão de cosméticos para o grupo francês L’Oréal, líder mundial do setor.
O acordo concede à L’Oréal o direito de firmar um contrato de licenciamento exclusivo por 50 anos para a criação, o desenvolvimento e a distribuição dos produtos de fragrância e beleza da Gucci, com vigência após o término da licença atual da Coty, em 2028.
“A Coty continuará a operar a Gucci Beauty de acordo com o contrato vigente, concentrando-se agora na otimização da marca durante o período restante do acordo”, afirmou a empresa.
“Mesmo excluindo a licença da Gucci, a Coty permanece como a terceira maior empresa de fragrâncias de prestígio, posição que fortaleceremos impulsionando nossas marcas principais e adicionando novas licenças ao nosso portfólio”, enfatizou o Sr. Mercier.















