Um em cada cinco brasileiros estocou mantimentos e outros suprimentos por causa do surto da COVID-19, comparado com um quarto dos consumidores americanos e menos de um em cada cinco no Canadá. Muitos supermercados e farmácias no Brasil alertaram os consumidores para não estocar e dar prioridade a grupos de risco, como os idosos.

É provável que os brasileiros incorporem novos hábitos de higiene pessoal após a COVID-19, como usar máscaras faciais. (Photo: istock - © ArtMarie.com)

Além da compra de pânico, os consumidores podem ter estocado mantimentos e outros suprimentos para reduzir as visitas ao supermercado e a exposição à COVID-19. Esse comportamento de compra pode continuar mesmo após o término do distanciamento social, influenciando os consumidores na hora de escolher um canal de varejo. Os atacadistas podem se beneficiar, pois oferecem produtos em grandes quantidades/maiores que, em geral, são mais baratos do que produtos individuais/em tamanho menor.

Compras on-line em crescimento

Quase um em cada cinco brasileiros aumentou a quantidade de compras on-line como resultado do surto de COVID-19. Enquanto a frequência deste tipo de compra é baixa de maneira geral no Brasil, já que mais de um em cada 10 têm comprado on-line de duas a três vezes por mês, a categoria deve crescer ema longo prazo.

A barreira pode ser maior para alimentos e bebidas, já que metade dos consumidores comprou esses produtos somente em lojas físicas, de acordo com a pesquisa Mintel em compras on-line no Brasil. No que se refere aos produtos de beleza e cuidados pessoais, apenas três em cada 10 consumidores fizeram o mesmo, enquanto metade declarou ter feito alguma compra on-line da categoria.

Quantidade de compra online é menor entre pessoas de 55+ anos. Um quarto dos consumidores brasileiros com 55 anos ou mais não comprou on-line nos últimos 12 meses, de acordo com a pesquisa Mintel sobre compras on-line no Brasil. O uso de mídias sociais pode ser uma forma de incentivar esse grupo demográfico a comprar on-line. Entre aqueles com 55 anos ou mais, uma esmagadora maioria usou WhatsApp e Facebook, segundo a pesquisa Mintel sobre mídias sociais no Brasil.

Novos hábitos de higiene pessoal

É provável que os brasileiros incorporem novos hábitos de higiene pessoal após a COVID-19, como usar máscaras faciais, que também podem proteger contra outras doenças, preservando a saúde de outras pessoas.