Os consumidores estão cada vez mais conscientes sobre o papel da biodiversidade em suas vidas. Uma pesquisa feita em nove países [1] pela União para o BioComércio Ético (UEBT) revelou que nos últimos sete anos as pessoas não só passaram a definir melhor o que é biodiversidade, como também relacionam sua importância com produtos do dia a dia, como cosméticos, alimentos e medicamentos. O estudo identificou que nos países latino-americanos estão os melhores indicadores dessa tomada de consciência, com destaque para o Brasil e o México.

Brasil e México se destacam

A proporção entre pessoas que já ouviram falar sobre biodiversidade e as que definem corretamente o termo aumentou em 9% de 2009 para 2015, saltando de 30% para 39% no período. O Brasil e o México se destacam, ficando acima da média em relação aos demais países pesquisados. Entre os mexicanos, 52% souberam definir a biodiversidade. Os brasileiros estão um pouco atrás, com 48% de respostas corretas.

E o interesse sobre o tema não fica somente no conceito, indica a pesquisa. Embora não saibam exatamente o quê fazer, 87% das pessoas que responderam à pesquisa afirmam que gostariam de fazer algo pela conservação da biodiversidade.

Altas expectativas

A pesquisa aponta ainda que 83% dos que foram ouvidos esperam que os fabricantes adotem políticas de respeito à biodiversidade e mais uma vez Brasil e México se destacam mostrando índices acima da média com 92% e 95%, respectivamente.

Entre os mais bem informados sobre esses assuntos, conforme a pesquisa, está a população jovem brasileira. Nesse segmento, 57% afirmam já ter ouvido o que é biodiversidade e a maioria dão a correta definição. A média entre os países é de 43%.

No Brasil, o assunto é considerado “essencial” para 88% da população, o maior índice entre todos os países.

O público brasileiro também se mostrou preocupado se as empresas têm boas práticas de acesso e uso dos insumos da biodiversidade. No país, o consumidor gostaria de ser melhor informado sobre essas práticas. Foi o que disse 89% dos entrevistados. Cerca de 80% disseram ver com bons olhos o controle dessas informações por organizações independentes, como as ONGs e certificadoras, por exemplo.