A marca apresentou seu programa Enrich Not Exploit ("Agregar, não Explorar", em tradução livre), que objetiva garantir a proteção da sociedade e do meio ambiente em todas as áreas de atuação da empresa, com a participação ativa de seus funcionários.

Esse gigante da indústria de cosméticos definiu 14 objetivos quantificáveis a cumprir até 2020. As metas foram classificadas em três categorias: pessoas, produtos e planeta. O projeto será desenvolvido em todos os setores da empresa: ingredientes, produtos, embalagens, lojas, fornecedores e comunicação empresarial.

Entre os objetivos definidos pela companhia destaca-se, por exemplo, um plano desenvolvido em diversas regiões do mundo para ajudar 40 mil pessoas em situação de precariedade econômica a conseguirem um emprego. Outra iniciativa importante é garantir o rastreamento e a sustentabilidade de todos os ingredientes naturais usados pelo Grupo e preservar 10 mil hectares de florestas. A empresa compromete-se também a usar em suas lojas eletricidade proveniente de energias renováveis ou com balanço de carbono neutro, a reduzir a pegada ambiental de seus produtos entre um ano e o outro, e a destinar 250 mil horas ao fortalecimento da biodiversidade e das comunidades locais. Outra ação prevista pelo programa é que 70% das embalagens usadas pela The Body Shop não contenham nenhum tipo de substância derivada de petróleo.

"Para nós, ser sustentável significa organizar a empresa para que esteja alinhada com os ciclos naturais do planeta, dando tempo para que os recursos oferecidos pela natureza possam se recuperar e se regenerar", explica Jeremy Schwartz, diretor-presidente da The Body Shop.

Fundada em 1976 no Reino Unido por Anita Roddick, a rede The Body Shop soube, desde o início, fidelizar seus clientes. Contribuíram para isso a militância da empresa em favor de causas éticas e sustentáveis, bem como um leque de produtos de beleza inspirados na natureza, com destaque para o uso de ingredientes como vitamina E, karité, cacau, cânhamo e manga. "A The Body Shop teve a coragem de abrir caminho para novas maneiras de pensar, agir e se expressar como empresa. Fomos os primeiros do setor de beleza a usar produtos de comércio justo. Até hoje somos a empresa com o mais sólido programa de comércio justo e solidário de toda a indústria de cosméticos", explica Jeremy Schwartz.

A partir dos anos 1990 e 2000, porém, muitas outras marcas de cosméticos se lançaram em iniciativas semelhantes e a maioria dos grandes protagonistas do setor adotou extensas políticas de responsabilidade social e ambiental.

A marca foi incorporada pela L’Oréal em 2006 e dispõe atualmente de 3 mil lojas em mais de 60 países.