Após dois anos seguidos de queda, o setor Brasileiro de higiene, perfumaria e cosméticos voltou a crescer em 2017. A receita, descontados impostos e inflação, cresceu 2,77% segundo a ABIHPEC.

No entanto, o segmento registrou, ao longo de 2017, déficit na balança, em função de uma tributação excessivamente elevada dos produtos, que reduz a sua competitividade no exterior. De acordo com a ABIHPEC, a pequena recuperação, no primeiro bimestre de 2018, não é motivo de comemoração, já que a disputa pelo mercado externo continua extremamente difícil. O superávit registrado nos últimos dois meses não significa necessariamente a recuperação da indústria e sim o início de um longo caminho pela frente para a retomada do potencial do segmento.

Em janeiro e fevereiro, a indústria brasileira do setor exportou US$109,9 milhões, com crescimento de 16,5% ante o mesmo período do ano anterior. Já as importações alcançaram US$100,3 milhões, queda de 0,8% na mesma base de comparação.

Sobre o mês de fevereiro, a exportação foi maior que a importação em US$ 8,8 milhões. O último superávit do setor havia sido registrado em maio de 2017, de US$ 3,9 milhões.

Os destaques do período foram as preparações e lâminas de barbear, que tiveram crescimento em exportações, e uma queda contínua que temos observados na importação de desodorantes.