Eduardo Scalese, diretor de negócios da unidade de beleza e cuidados...

Eduardo Scalese, diretor de negócios da unidade de beleza e cuidados pessoais da MWV no Brasil

Em entrevista exclusiva para o Brazil Beauty News, ele fala sobre a importância da customização das embalagens para elevar a experiência do consumidor, a nova coleção Melodie – que já chegou ao mercado brasileiro nos perfumes Make B., do Boticário –, e a previsão da MWV de triplicar sua participação no Brasil nos próximos seis anos.

Brazil Beauty News - Com a liderança mundial no segmento de perfumaria, o Brasil ainda tem potencial para crescer em volume ou a indústria caminha mais no sentido do aumento do valor agregado dos produtos?

Eduardo Scalese - Este segmento cresceu, em média, 15% ao ano nos últimos cinco anos no Brasil e o país promete manter-se na liderança mundial por muito tempo. O setor de fragrâncias apresentou avanço de 16% em 2013. O mercado de válvulas e sprays nacional soma US$ 208 milhões por ano, sendo que o ramo de fragrâncias é um dos maiores usuários dessa solução.

Brazil Beauty News - Além do tamanho do mercado, que outras características tornam o Brasil promissor para o desenvolvimento de novas tecnologias e o aumento da customização, em especial para a indústria de embalagens?

Eduardo Scalese - O consumidor brasileiro já percebe os diferenciais e o valor agregado em cada novo perfume que chega às prateleiras e a cadeia de fornecedores desenvolve-se cada vez mais para suprir os anseios dos fabricantes. A customização procura atender também aos novos padrões de produtividade e reciclagem de materiais que colocam o Brasil na vanguarda. Isso se confirma quando segmentamos o mercado de fragrâncias e vemos um crescimento de 48,5% em eau de parfum contra 12,5% de eau de toilete, o que mostra que a indústria tem sofisticado os lançamentos em busca de um consumidor cada vez mais exigente.

Fábrica da MWV em Valinhos

Fábrica da MWV em Valinhos

Brazil Beauty News - Num país em que cerca de 80% dos consumidores dizem já ter experimentado um produto por causa da embalagem, qual é a importância de investir em pesquisa e desenvolvimento de novas soluções para a indústria?

Eduardo Scalese - A indústria busca o investimento na customização, o que pode ser verificado com o levantamento realizado pela MWV em 2012, que mostra que 88% dos consumidores consideram o spray do perfume como item essencial para a tomada da decisão de compra. Isso demonstra como toda a cadeia fornecedora tem se especializado para oferecer altos índices de customização e atender às exigências do consumidor.

Brazil Beauty News - Quais são os últimos lançamentos da MWV no mercado de válvulas dispensadoras e sprays?

Eduardo Scalese - Recentemente, apresentamos ao mercado a coleção ‘Emotions of Spray Collection by MWV’, com seis válvulas sprays para fragrâncias de luxo, cada uma com um diferente padrão de spray. A linha oferece às empresas fabricantes a oportunidade de criar uma combinação perfeita entre a fragrância e as válvulas, elevando a experiência do consumidor, a conexão com a marca e a fidelização, levando à repetição da compra. Outro destaque é a parceria entre a MWV e O Boticário. A MWV é a fornecedora das soluções em válvulas sprays para o perfume Malbec Supremo, que conta com a válvula Melodie Clikit, proporcionando um spray luxuoso, com visual discreto e versátil.



Brazil Beauty News - A MWV vem investindo no aumento da capacidade de produção e na ampliação da oferta de produtos para o segmento de Home, Health & Beauty. Quais são os planos da empresa para os próximos anos?

Eduardo Scalese - Até 2020, a MWV pretende investir R$ 100 milhões nas indústrias de cosméticos, cuidados pessoais. Nossos recursos serão direcionados à produção de válvulas dispensadoras e sprays. A primeira fase dos investimentos foi concluída no início de 2014, com a transferência da produção da unidade de São Paulo para a nossa unidade maior, na cidade de Valinhos. Com este processo, a MWV mais que dobrou sua capacidade de produção e ainda prevemos triplicar nossa participação de mercado, dos atuais 10% para 30% em 2020.

Nessa primeira etapa foram revertidos R$ 15 milhões. O plano para uma segunda fase de investimentos é verticalizar a produção das válvulas, internalizando a injeção de plásticos no processo produtivo, atividade hoje terceirizada. E para a terceira fase, investiremos em novas linhas de produtos, ampliando o portfólio brasileiro.