Há um caminho paralelo entre as marcas que se esforçam para envolver os consumidores em nível mais pessoal e as expectativas deles para que as embalagens forneçam essa experiência,” afirma David Luttenberger, diretor global do departamento de Embalagens da Mintel. “Impressão digital que cria experiências ‘hiper’ pessoais; mensagem clara no rótulo, que aumenta a transparência da marca e promove confiança na compra; embalagem ecologicamente responsável, que se baseia na consciência social; híbridos que oferecem benefícios funcionais e ambientais, juntamente com uma presença marcante nas prateleiras; tamanho certo de embalagem, que atende às necessidades de deslocamento dos consumidores; e aplicativos que apoiam embalagens ‘conectadas por celulares’. Esses são os temas-chave que vemos em ressonância com os consumidores em 2016.

Evolução digital

A impressão digital chama a atenção das marcas por meio da criação de oportunidades para envolver os consumidores em nível local, pessoal e até mesmo emocional. A Mintel prevê que 2016 será um momento decisivo para a impressão digital em embalagens, à medida em que as marcas investem mais em edições personalizadas e limitadas, ganhando, assim, vantagem econômica no mercado de decoração de embalagem tradicional.

Mostre-me os produtos

Com o crescente número de embalagens competindo por atenção, os consumidores estão exigindo mais informações sobre o que eles realmente estão comprando. Ao mesmo tempo, buscam mais clareza nas embalagens, que podem confundir suas decisões de compra. Futuramente, os conceitos de rotulagem limpa e comunicação clara na embalagem vão ter a mesma finalidade.

Flexíveis fenomenais

De acordo com a Mintel, embalagens flexíveis não são mais consideradas de menos qualidade. Quase um terço (32%) dos consumidores associam embalagens flexíveis à modernidade. Mas até em que ponto as embalagens flexíveis, especialmente no formato “pouch”, irão tornar-se não-diferenciadas? “As marcas realmente inovadoras olharão para a próxima geração de híbridos rígidos/flexíveis que oferecem benefícios funcionais e ambientais, juntamente com presença marcante nas prateleiras,” diz a sociedade de estudos de mercado.

Mais do que “apenas” embalagem verde

Quando o preço e a qualidade do produto são percebidos como iguais, os consumidores irão, cada vez mais, se voltar para essas alternativas ecológicas como fator decisivo de compra. Portanto, as marcas não podem se dar ao luxo de ignorar esse dado ao desenvolver suas estratégias de posicionamento e marketing.

O tamanho importa

De acordo com a Mintel, as marcas devem oferecer uma gama maior de tamanho de embalagens. Devem fornecer embalagens que os consumidores consideram do tamanho certo para si e de fácil transporte, a fim de superar a crescente falta de fidelidade às marcas.

Embalagem “mobil-ution”

Por último mas não menos importante, Mintel diz que há uma revolução acontecendo nas embalagens “conectadas por celulares”. Ao contrário da geração anterior, que incluiu códigos QR e texto desajeitado, desta vez, proprietários de marcas estão investindo na comunicação de campo próximo (NFC, ou Near Field Communication) e bluetooth de baixa energia (BLE) como tecnologias primárias. “Futuramente, como as marcas procuram por formas inovadoras de se envolver com os clientes, o ambiente móvel vai se tornar a nova linha de frente na batalha para ganhar os corações, as mentes e as carteiras dos consumidores,” conclui a sociedade de estudos de mercado.

O relatório Global Packaging Trends 2016 está disponível aqui.