Foto: ©Milosz G. / shutterstock.com

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Na pesquisa realizada mundialmente pela Nielsen em 2015, 66% dos consumidores declararam que estariam dispostos a pagar mais caro por produtos fabricados por empresas comprometidas com o desenvolvimento sustentável (em 2014, a porcentagem foi de 55%). Essa preocupação revelou-se particularmente forte entre os jovens adultos da geração Y (21-34 anos), com 73% de respostas positivas.

Consumidores dispostos a pagar mais

Em todas as regiões do mundo, os consumidores se dizem dispostos a pagar mais caro para que seus valores sejam respeitados. Esse comportamento não se limita às classes mais altas de países ricos: 66% dos consumidores interrogados declararam não se incomodar em pagar mais por produtos fabricados com responsabilidade – uma porcentagem que cresceu nitidamente pelo segundo ano consecutivo (55% em 2014 e 50% em 2013). A população de menor poder aquisitivo (renda anual de até 20 mil dólares) mostrou-se mais disposta a pagar um valor adicional por produtos sustentáveis do que a população com renda superior a 50 mil dólares (68% e 63%, respectivamente).

"As marcas que não incorporaram o desenvolvimento sustentável em sua estratégia estão correndo sérios riscos", ressalta Carol Gstalder, vice-presidente sênior responsável por Reputation & Public Relations Solutions da Nielsen U.S.

Para 45% das pessoas interrogadas, o compromisso de uma marca em relação ao meio ambiente pode influenciar a decisão de compra. A contribuição para causas sociais ou comunitárias também é um elemento importante, influenciando, respectivamente, 43% e 41% dos participantes da pesquisa.

Os mais jovens são os mais comprometidos

Embora os jovens adultos da geração do milênio (ou geração Y, na faixa de 21-34 anos) vivam em um cenário econômico nada favorável, são eles os mais prontamente dispostos a desembolsar uma quantia maior por produtos sustentáveis: quase três em cada quatro pessoas (73%) em 2015, ante apenas a metade em 2014. Um marcado crescimento foi observado também na população com menos de 20 anos (geração Z), que em 2014 registrava 55% no placar da sustentabilidade, passando para 72% em 2015.

"Está havendo uma mudança na hierarquia existente entre os diversos fatores que estimulam a fidelidade dos consumidores e potencializam os resultados de uma marca", declara Grace Farraj, vice-presidente responsável por Public Development and Sustainability na Nielsen. "Para muitos consumidores, o compromisso em matéria de responsabilidade social e ambiental já está superando alguns critérios tradicionais. As marcas que não conseguirem oferecer respostas satisfatórias a essas preocupações poderão ser prejudicadas".

Consumidores dos países em desenvolvimento são mais conscienciosos

Mesmo se os valores sociais e ambientais pesam na decisão de compra em qualquer lugar do mundo, é possível identificar algumas disparidades regionais. As porcentagens mais baixas foram registradas na América do Norte (44%) e na Europa (51%), ambas situadas abaixo da média mundial (66%). Os consumidores dos países em desenvolvimento demonstram geralmente uma preocupação maior e têm mais consciência das necessidades de populações locais, pois eles próprios precisam diariamente lidar com uma série de desafios, o que os motiva a tentar agir e ajudar o próximo. Por essa razão, eles mostram maior propensão a pagar mais caro para consumir de forma responsável.