Inspiração oceânica

No livro "Plancton, Aux origines du vivant" (Plâncton, na origem da vida), publicado em 2013, o biólogo francês C. Sardet reverencia a herança e a diversidade da invisível vida subaquática. Revelando um mundo secreto de hipnotizante beleza, as fotografias que ilustram a obra mergulham o leitor nesse universo de insuspeitada existência. O mar representa no mundo de hoje uma fonte essencial de inspiração para a indústria de cosméticos que, a partir de toda uma simbologia (renascimento, regeneração), desenvolve seus valores holísticos ou hedonistas (pureza, qualidade, virtudes nutricionais, saúde) e sua estética exclusiva.

Mundos Primevos

Lançado no final de 2013, o documentário Era uma vez uma floresta, de L. Jacquet, explora o universo fantástico e misterioso – mas também ameaçado – das florestas primárias. Diante da pressão sofrida pelas grandes multinacionais para que assumam uma posição ativa contra o problema do desmatamento causado pela exploração "não sustentável" de óleo de palma, o documentário mostra que é fundamental adotar uma abordagem diferente em matéria de ecologia. A conscientização sobre o meio ambiente deve ter como base não a culpabilidade, mas a certeza de que o homem respeita e preserva melhor aquilo que aprende a conhecer e amar.

Fascinação original

Em 2013, o fotógrafo brasileiro S. Salgado apresentou a exposição itinerante Genesis, definida como "uma busca do mundo como ele era, como foi formado e evoluiu, tal como existia há milênios antes que a vida moderna acelerasse e começasse a distanciar-nos da essência do nosso ser (...), evidenciando vastas e remotas regiões, onde a natureza reina em majestade silenciosa e intocada".

Bibliographie : "Iceberg entre a ilha Paulet e as ilhas Shetland do Sul, no...

Bibliographie : "Iceberg entre a ilha Paulet e as ilhas Shetland do Sul, no mar de Weddell". Sebastião Salgado, 2005.
© Sebastião Salgado (fotografia), Estrato da FW 15-16 Beauty Trend Book

Esta foto simboliza o desaparecimento das geleiras polares, testemunhas da memória do planeta e, ao mesmo tempo, de eldorados extremos que abrigam tesouros insuspeitados.

Poética crua

A partir de formas e materiais rudimentares e brutos, da beleza ambígua de animais ou vegetais que, em função de sua representação, revelam uma real estética, o designer brasileiro R. Imbroisi transforma materiais brutos em uma floresta poética. Em 2013, sua obra Ibirá-Flora, com peças tecidas à mão, foi criada para o Parque do Ibirapuera, em São Paulo. No Palais de Tokyo, em Paris, P. Parreno sublima o aspecto repulsivo de um polvo, apresentando em 2014 uma instalação visual que declama uma poesia etérea e fascinante.