Julia de Biase

Julia de Biase

A loja, que está localizada na rua Melo Alves 490, esquina com a rua Oscar Freire, no Jardim Paulista, em São Paulo, tem projeto assinado pelo arquiteto Nelson Presbiteris, com a contribuição de Jeane Madalena de Biase, que trouxe elementos decorativos do Oriente para o espaço.

"Eu queria criar algo diferente, com produtos inéditos para os brasileiros", conta Julia de Biase ao Brazil Beauty News.

Julia formou-se inicialmente em arquitetura, sua primeira profissão, mas a paixão pelos perfumes falou mais alto. Há alguns anos, durante uma viagem aos Emirados Árabes Unidos, ela descobriu as fragrâncias do Oriente Médio, mas só quando voltou ao Brasil se deu conta de que havia boas oportunidades de negócios nesse nicho de mercado. "Trouxe na mala alguns perfumes para uso pessoal e comecei a perceber que as pessoas viviam me perguntando o nome do perfume que eu estava usando e onde poderiam comprar", explica.

No começo, Julia desejava apenas importar os produtos, mas como nenhum ponto de venda estava disposto a desenvolver esse segmento inteiramente novo, ela decidiu abrir a própria loja. "Foi um grande desafio, porque aqui no Brasil não conhecemos nada sobre fragrâncias árabes. Não havia nenhuma outra experiência com esse tipo de perfume na qual pudéssemos nos basear. Tive que explicar o que é jasmim, oud, sândalo e vetiver - e principalmente o sentido que esses aromas têm no universo tradicional dos perfumes árabes".

Os primeiros feedbacks que recebemos dos clientes foram muito positivos. "Esses perfumes são bem diferentes dos que o brasileiro costuma usar, mas parece que estão fazendo sucesso! Aos primeiros clientes, propus que levassem os perfumes para casa e experimentassem. Se não gostassem, podiam vir à loja e receber o dinheiro de volta. Até agora, ninguém veio devolver. As pessoas ficam felizes em ter algo original, que seja diferente do que eles já conhecem".

As fragrâncias atualmente disponíveis na Al Zahra custam entre R$ 400 e R$ 500. No entanto, Julia de Biase acredita que existe público para marcas mais caras, como a Amouage, e vem se esforçando para convencê-las a aproveitar as oportunidades oferecidas pelo Brasil que, afinal de contas, é o maior mercado para fragrâncias do mundo.